quarta-feira, 23 de março de 2011

Posição Pessoal - André Braga


Escrevo não como Secretário-Geral da CPS da JSD de Fornos de Algodres, mas como jovem, como cidadão do interior, como estudante de Economia e como Português. Nos últimos tempos, bem à moda portuguesa, “ressuscitou-se” um assunto que já estava arrumado e até legislado há relativamente muito tempo, e deixou de se falar no essencial (desemprego, juros da dívida pública etc.). Sendo uma matéria importante, por menos prioritária que seja, merece uma reflexão. Friso, que se trata de uma opinião pessoal, porque apesar de integrar uma estrutura local de um partido nacional, tenho opinião própria, e a democracia é caracterizada pela pluralidade, a oposição concelhia ao se afirmar contra a introdução de portagens, e ao votar contra a moção apresentada na Assembleia Municipal, só demonstra a sua “submissão ao Chefe”. No entanto, no essencial não divirjo muito, tanto do PSD nacional como do PSD Local.


É importante realçar alguns pressupostos:


Cabe ao governo governar!


2º O PSD não dispõe de maioria seja simples ou maioritária na Assembleia da República, pelo que a aprovação de medidas não precisam de depender do PSD, havendo a possibilidade do partido de governo obter apoio junto a outros partidos da oposição. Ou seja, se é contra algumas “exigências” tem alternativas.


A Introdução de portagens serviria, supostamente, para aliviar a carga fiscal, sendo suficiente para pagar a manutenção das ex-SCUTS. (Para que eu, que não utilizo a Via do Infante, não tenha que a pagar indirectamente pela via de impostos. A tal lógica do utilizador-pagador.)


O governo mais uma vez falhou, o governo quis introduzir as portagens, mas não fez as contas certas, e além de pagarmos portagens continuaremos a ser “asfixiados” fiscalmente. As portagens serão cobradas por empresas e mesmo assim o Estado continuará a pagar-lhes a manutenção.


Realço o facto de que o Governo teve a possibilidade de não introduzir portagens em nenhuma das SCUTS, o PSD não exigiu a introdução de portagens no interior, o Governo podia, se é assim tão defensor do interior, ter simplesmente recusado introduzir as portagens ou até encontrar entendimento com os outros partidos, mas mais uma vez escolheu o caminho mais fácil: Introduzi-las e fazer com que o PSD levasse a culpa. Mais um número político bem ao jeito de Sócrates e companhia. Aliás, foi apresentada uma proposta na Assembleia para a suspensão das portagens; porque é que o PS não a aprovou? Os votos do PS, juntamente com os partidos de esquerda, chegariam para suspender a medida, mas não o fez…


Mais: a introdução de portagens poderia ser evitada se o Governo fizesse o seu trabalho, e diminuísse algumas das despesas dispensáveis.


A defesa do Interior é essencial, o país vive a três velocidades (Lisboa, Litoral e Interior). Não se pode é esquecer que o País como um todo tem que crescer economicamente, não podemos aspirar a uma região menos fragilizada, quando o nosso país vive sistematicamente em crise. Se o governo é assim tão defensor do interior, como querem afirmar, porque é que não contribui para a diminuição do desfasamento entre o interior e o litoral, por exemplo através das transferências que faz para as Autarquias? As autarquias do litoral por serem superiores em termos de habitantes têm receitas exponencialmente maiores, as transferências do estado em vez de atenuarem essa diferença, não o fazem…


A luta pelo não pagamento de tudo e mais alguma coisa faz parte dum certo complexo de inferioridade, no meu entender a luta devia centrar-se em exigir melhores condições, mais investimento e mais emprego nas nossas terras. A criação de emprego e de investimento não acontece apenas pela presença ou não de portagens, como se provou nos últimos anos. Agora que é uma redução do nosso poder de compra é, obviamente, e todos vamos ser afectados sem excepção.


Há dinheiro mal direccionado no Estado, veja-se as enormes dívidas das empresas públicas, porque é que parte desse dinheiro não é canalizado para o incentivo ao investimento no interior e à criação de emprego?


A asfixia fiscal é outro das graves entraves ao investimento seja no interior ou no litoral, a diferenciação em taxas como o IRC ou outros impostos poderia ser a alavanca ao desenvolvimento do nosso interior.


Isto sim certamente atrairia mais investimento!


Há que ter PRIORIDADES!


Finalizo sublinhando novamente: o Governo é Socialista; o PS pode aprovar medidas sem o PSD, se tiver o apoio do CDS-PP ou da esquerda parlamentar, ou seja se discorda da posição do PSD tem outras alternativas de entendimento; o PSD não exigiu a introdução de portagens no interior, deu a hipótese de não se introduzir em lugar algum, o PS recusou; o PS poderia ter votado na Assembleia a proposta de suspensão das portagens mas não o fez. É o governo que assina os decretos. Não poderia ser mais claro de quem é a responsabilidade. Falar verdade não faz parte das capacidades do Engenheiro Sócrates.



Com os melhores cumprimentos,


15 de Março de 2011

André Braga

domingo, 20 de março de 2011

O super-cão que vai salvar o comércio local é o mesmo dos 150 000 postos de trabalho?????

Juventude

Social Democrata

Comissão Política de Secção de Fornos de Algodres

A Comissão Política de Secção de Fornos de Algodres, torna publica as seguintes declarações:


A secção da JS do nosso concelho decidiu realizar uma conferência destinada a discutir o estado do comércio local e, supostamente, a apresentar soluções para o futuro. Supostamente!

A conferência está a ser publicitada por um cartaz que indica a presença do Secretário de Estado (?!) da JS, o que por si só já evidencia a mentalidade socialista que acaba por confundir o próprio partido com o Estado. Mas, mais grave, ainda, nos pareceu o vídeo promocional que a JS local criou.

O vídeo trata a problemática do comércio local de forma infantil, vulgar e ridícula. Acreditar que o Super-Homem (ou melhor: Super-Cão) vai salvar o comércio local, é evidenciar a forma fantasiosa e lunática como o Partido Socialista local e nacional tratam os problemas da população.

O comércio local merece toda a atenção de todos os agentes políticos, mas é uma matéria, que tal como outras, merece ser tratada com toda a dignidade, respeito e elevação.

No dito vídeo promocional, a JS apresenta ainda as razões para a decadência do comércio local, afirmando que cada vez mais há menos pessoas no concelho, que cada vez mais as pessoas têm menos dinheiro e existem muitos centros comerciais nas redondezas para os quais as pessoas se deslocam para fazer as suas compras.

Falharam, uma vez mais, ao não enunciar as causas desses factos. E as causas são claras, o governo aumentou impostos (IVA, IRS e IRC) e fez cortes nas prestações sociais que agravaram ainda mais o poder de compra de todos os portugueses, incluindo os fornenses.

O governo prometeu a criação de mais de 150 mil postos de trabalho, mas falhou. Neste momento deparamo-nos com a maior taxa de desemprego desde o 25 de Abril, o que afasta cada vez mais as pessoas do interior, porque as poucas oportunidades de carreiras que existem estão concentradas no litoral.

Não nos devemos esquecer também, dos ataques directos ao comércio local, com as dezenas de medidas, muitas delas ridículas, impostas pela ASAE que levou muitos estabelecimentos a fechar portas.

Temos um governo que quer controlar toda a actividade económica e que asfixia fiscalmente principalmente as Pequenas e Médias Empresas. Ao longo dos últimos 15 anos de governação socialista assistimos a uma política de centralização e a um propositado esquecimento das zonas do interior, que viram cortadas tantas oportunidades de se desenvolverem. Hoje o resultado está à vista, um êxodo contínuo das gentes do interior.

A JSD de Fornos faz a seguinte pergunta à Juventude Socialista: que medidas o governo que apoiam, e os governos que apoiaram, tomaram pelo interior, pelos seus serviços, pelo seu comércio, pelas suas pessoas. E que soluções apresentaram o PS e a JS local ao longo de todos estes anos? Onde estiveram quando poderiam ter sido uma voz tão útil para tantos problemas que a nossa terra passa, já que estavam, e estão, numa posição privilegiada para dialogar com o governo. Onde estavam? Todos sabemos, não estavam, nunca estiveram. Não nos esquecemos.

Esperamos que a conferência seja produtiva, mas não será difícil encontrar os problemas e pensar soluções, todos sabemos quais são. Esperamos é que a Juventude socialista tenha a coragem de “apontar” o dedo aos reais responsáveis, a este governo que está podre e que apenas leva o nosso país cada vez mais para o fosso. Mas, se ao invés, for mais uma jogada de propaganda e de “aplauso” ao Partido Socialista e ao seu governo, perderá Fornos de Algodres, perderão as suas pessoas.

Assim a JSD de Fornos de Algodres repudia a forma como a JS promoveu esta conferência, tanto na forma como no conteúdo, mas espera muito sinceramente que a discussão seja produtiva e que traga soluções reais para esta problemática. A JSD de Fornos de Algodres espera ainda que a JS local esclareça se se revê nas medidas de austeridade que o Governo do PS implementou e quer implementar, medidas estas que “castram” o crescimento da economia do nosso país, da nossa terra.

Nós sempre tivemos e teremos orgulho em dizer: Nós somos de Fornos de Algodres!


Fornos de Algodres, 19 de Março de 2011

A Comissão Política de Secção da Juventude Social Democrata de Fornos de Algodres




segunda-feira, 14 de março de 2011

Rotunda de Fornos de Algodres elogiada na imprensa local

SECÇÃO: Nem tudo vai mal

Uma boa imagem vale mais que mil palavras


A nova rotunda de acesso à vila de Fornos de Algodres está com uma nova imagem. Nada como um bom arranjo para que o espaço ganhe outra centralidade, uma vez que se trata de um local de passagem para vários pontos do distrito da Guarda. Com algumas plantas e pequenas pedras decorativas, o espaço está agora embelezado o que valoriza a zona.

in Nova Guarda